Todo homem busca uma mulher perfeita: corpo esbelto, medidas certas,com doses de inteligência e bom-humor, que goste de futebol e cerveja, uma dama na sociedade e um furacão na cama, entre outras coisas. Nós mulheres sonhamos com um homem charmoso, inteligente, romântico, sensível, que goste mais da nossa “pelada” do que do futebolzinho de domingo.
Detesto ser a portadora das más notícias, mas preciso dizer que não existem homens perfeitos, assim como também não há nenhuma mulher sequer que chegue próximo à perfeição. A perfeição estará sempre nos olhos de quem vê e depende muito mais de nossas expectativas em relação ao outro do que de suas próprias qualidades.
Nosso erro é depositar no outro todas as nossas angústias, sonhos e frustrações, é querer que o outro seja aquilo não somos, exigir que o outro faça o que não somos capazes de fazer e é nesse momento que enxergamos as imperfeições.
Mas, pensando bem, a imperfeição nunca é um obstáculo. Na verdade, ela é sempre uma possibilidade. Possibilidade de compreensão, de criatividade, de paciência, de domínio próprio, de amor. Conviver com uma pessoa imperfeita faz com que a relação alcance a perfeição, de modo que quando as diferenças falarem mais alto, o amor e a compreensão gritarão ainda mais.
Se de perto ninguém é normal, a convivência faz com que ninguém seja perfeito. Por melhor que seja a pessoa, ela nos decepcionará, nos machucará. Todos nós, inevitavelmente, sofreremos por amor, resta-nos a chance de decidir por quem vale a pena.
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